Total de visualizações de página

sexta-feira, 25 de julho de 2014

                   
JULHO DE 2014, MÊS DE MUITAS PERDAS E TRISTEZAS NO BRASIL
                Não foi somente a derrota de 7 a 1 para a Alemanha, juntando-se com os 3 a 0 para a Holanda, em intervalos de cinco dias, que encheram o coração do povo brasileiro de tristezas. Além desse sofrimento e vergonha (os 7 a 1 jamais serão esquecidos) que o futebol nacional causou a alma nacional, a morte de grandes vultos das artes literárias tem aprofundado esse buraco de melancolia, deixando muitas pessoas, em primazia os amantes da literatura, bastante machucados.
No dia 3 de Julho, morreu Ivan Junqueira, poeta, crítico literário e ensaísta carioca, aos 79 anos. Dez dias depois, 13 de Julho, morreu aos 89 anos o poeta José Chagas de infarto, considerados um dos maiores poetas brasileiro. Chagas  “um gênio da poesia”, residente em São Luis do Maranhão. Cinco dias após a morte dele, no dia 18, fomos surpreendidos com a notícia da morte de João Ubaldo Ribeiro, aos 73 anos. João Ulbado, escritor, acadêmico e jornalista, que nos legou obras como “Sargento Getúlio e Viva o Povo Brasileiro”, dentro outras  de qualidades literárias magníficas.  No outro dia, 19, ainda com os corações em negrumes, parte Rubens Alves, aos 80 anos, provocando lágrimas e aperto forte na alma. A morte de Rubens Alves para mim causou dor forte. Com Rubens aprendi gostar definitivo das leituras crônicas; a ver o mundo com mais graça e otimismo. Os seus escritos poéticos, leves, de conteúdos teológicos e filosofais (Rubens foi um dos idealizadores da teologia da libertação), falavam a minha alma de protestante, que há muito tempo está livre do pensamento de currais dos grupos limitados e mesquinhos deste segmento cristão; escritos, aliás oportunamente encorajadores.  Os textos pedagógicos de Rubens nos motivavam a contribuir e continuar nos engajando sempre com a missão de melhor lutarmos pela educação de nosso povo. E para completarem os dias de perdas deste julho triste, estando numa mesa de jurados no 3º Festival de Poesia de Buriti, na noite de 23, soube da morte de  Ariano Suassuna, aos anos 87 anos.  Popular,  o poeta e escritor Ariano Suassuna que nascido na Paraíba, porém, criado em Pernambuco, ficou famosíssimo com o livro o Auto da Compadecida (1955), seu escrito mais conhecido, adaptado para o cinema e televisão, com grande sucesso.
 Assim, em 20 dias perdemos uma copa do mundo vergonhosamente, e nomes consolidados nas letras nacionais, que tinham milhares de leitores admiradores.
Sem dúvida o mês de Julho de 2014 é um dos mais tristes para o povo e a literatura brasileira. Tende piedade de nós, Senhor.
João Ubaldo

Ariano Suassuna

José Chagas


Rubens Alves
 
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário