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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

SEMINÁRIO AMBIENTAL DISCUTI PRESERVAÇÃO DA FLORESTA DOS MORROS GARAPENSES


              Aconteceu na manhã desta quinta feira (30/10), no Auditório da Secretaria Municipal de Educação, em Duque Bacelar, o Seminário Morros Garapenses: razões para continuar a Preservação, promovido pela Associação Bacelarense de Proteção o Meio Ambiente - ABAMA.

Francisco Carlos palestrando no Seminário
O evento teve como palestrantes Francisco Alves, pedagogo e chefe da Brigada de Incêndio Florestal do Grupo João Santos, que palestrou sobre a prevenção de incêndio; e Francisco Carlos Machado, ambientalista e escritor local, cuja palestra foi sobre a APA dos Morros Garapenses e as diversas razões para se continuar a luta por sua preservação. O Agente de Saúde Junior Moreira, também participou do Seminário, falando do projeto seu de fundar uma cooperativa de catadores de resíduos sólidos na cidade.
 O Seminário contou com a participação de estudantes do ensino médio do Centro de Ensino Luis Viana, ambientalistas, vereadores e pessoas da comunidade, interessados pela questão, lotando o auditório.
Noemi Rocha


 
                                                                     Mais fotos do Seminário:
 
A Presidente da ABAMA, Noemi Rocha, disse ser muito oportuna o seminário, pois resgata os valores, sensibilizando os ouvintes do continuar a luta para preservar a floresta ao derredor de Duque Bacelar.



Francisco Alves
 

Junior Moreira

Participantes do Seminário

 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

HOMENAGEM AO PROFESSOR - EM MEMÓRIA FRANCISCA LEAL CASTELLO BRANCO

Em homenagem aos professores de Duque Bacelar e em memória da professora Francisquinha Leal  falecida há 15 anos o Folha do Garapa publica o  discurso proferido na missa de 7º dia de sua partida para Deus.


O DISCURSO QUE NÃO PODE SER PROFERIDO NO DIA
                                                                                         Um tributo a Francisco Leal Castello Branco


         Quando a triste notícia do falecimento de nossa mui amada Francisca Leal Catello Branco chegou à minha casa, estava em meu quarto lendo e ouvindo as sinfonias de Beethoven. Ouvi suspiros se juntaram  as sinfonias. Atônito, deixei a leitura, desliguei o gravador e nitidamente ouvi altos prantos de minha mãe. Subitamente, minha mente foi invadida por pensamentos de uma realidade que eu não queria saber. Saí do meu quarto,  indo ao de mamãe. Ela estava no chão, chorando angustiosamente a perda de sua mais íntima amiga. Sentei numa cama, e em choros também,  sentia a crucial dor da morte. Nos minutos seguintes meus irmãos e os vizinhos foram chegando, e minha casa se tornou um cenário dramático de lamentos.
          O crepúsculo do dia estava se findando, e nós sentíamos a dolorosa separação. Umas sete horas fui à casa do Sr. Miguel Antero, ficando algumas horas ajudando na preparação da residência para a chegada do corpo que vinha de Caxias. Quando ele chegou a nossa cidade, às 1:10 da madrugada, o carro que o trouxera parou primeiro em nossa casa. Mamãe gritou tanto ao ver o caixão. O meu irmão Carlos Machado que veio de Coelho Neto, avisado da tragédia, minutos depois a levou de carro para casa de seu Miguel. Eu fui atrás, caminhando com minhas irmãs. Ao chegar, contemplei uma cena indescritivelmente dolorosa. Uma das minhas maiores amigas estava sem vida, dentro de um caixão.
Velei a madrugada inteira o corpo de nossa amada. Quando a manhã chegou, às sete horas, fui com Flávio na fazenda Ana Maria atrás de um livro de poesia, que julgava contém um poema para incluir num discurso que pretendia escrever em homenagem a Dona Francisquinha. Entretanto, quando voltemos da fazenda, não consegui suportar a dor que a morte trás aos entes queridos. Minhas forças se esvaíram, esgotaram-se. E pela primeira vez na vida, eu desmaiei. Os presentes me socorreram;  levaram-me para o hospital, o doutor Marcus de Andrade queria me hospitalizar, me dá um sonífero, mas eu não aceitei. Queria escrever o discurso e acompanhar o cortejo fúnebre.
      Já em casa, com poucas forças, ainda esboçando os tópicos da elegia, ouvi uma voz da rua dizendo que a multidão se aproximava da escola Dr. Paulo Ramos. Deixei os rabiscos, pedi carona a um colega que passava de bicicleta na rua, e ele me levou até a escola. Ajudado pelo amigo Didi, segui todo o cortejo que seguiu até a Igreja e ao Julião. Assim não pude escrever naquele dia o discurso em homenagem à pessoa que marcou os meus vinte anos de existência.

                                                           *    *    *

       Nascida em 8 de Março de 1939, na vizinha cidade de Miguel Alves, Francisca Leal Castello Branco desde criança foi mulher estudiosa. Ela fez seu primário em Chapadinha. Concluiu seu ginásio em nossa cidade em 1975 no maravilhoso colégio Bandeirante. Sua turma foi a primeira de toda a escola. Seus colegas a admiravam pela cultura e inteligência.
      “ - Ela sempre se destacou pela cultura geral”, disse conceição Miranda, colega de classe, profissão e vida.
     “ - Eu sabia bastante matemática e ela português. Quando estávamos fracas num assunto, ajudávamos uma a outra”, declarou Graça Cordeiro, a maior autoridade da disciplina em nossa cidade. Outras colegas do período eram Maria do Carmo, João Vilar, Joaquim Torres, Helena Sampaio; as saudosas Dona Lurdina e Gertrudes. Os professores eram pessoas cultas, como José Linhares, Rosemary Furtado, Mariza Coutinho, Conceição do Eurico, tantos outros.
       Após terminar o ginásio, Francisquinha partiu novamente para Chapadinha fazer o normal. Concluindo-o em 1978, técnico em habilitação em magistério. Queria continuar os estudos e fazer faculdade de medicina. As circunstâncias, entretanto, a impediram de realizar seu grande sonho.
         Voltando para nossa cidade, recomeçou o exercício de sua profissão. O amor, inteligência e criatividade envolvidas em seu ofício, a transformaram em um dos vultos de nossa história educativa e social. Ela dedicou sua vida, seus talentos à educação de nossas crianças, nossos jovens e adultos. Um bem que jamais será retirado da vida de milhares de pessoas que passaram pôr suas mãos.
           No decorrer dos anos de profissão, ela lecionou várias disciplinas: português, didática, estágio, religião, artes, etc. Encerrou sua carreira com filosofia, a ciência das ciências, a mesma que trabalhara há alguns anos. Sua última aula dada dois dias antes do incidente que a levou a morte, chamada “A existência da Reflexão Filosófica”, foi proferida com tanta sabedoria, que seus alunos, 40 ao todos, ainda pensam nos comentários ditos por ela. Uma das reflexões lançadas na aula foi a realidade da morte. Ela disse que nossa vida é tão incerta em relação a sua duração, sendo que podemos partir em qualquer hora. Falou que estava lecionando naquela noite de sexta- feira, mas na segunda-feira poderia não está mais.
        Por que justamente este tema?! Será que Deus estava lhe conscientizando de que seus dias findavam-se, e que a queria para si?

            Amigos presentes:

        Devo, também, ressaltar a figura humana que fora Francisca Leal Castello Branco. Mulher humilde e servidora soube lavar os pés do próximo de uma maneira excepcional. Sempre compartilhou o que tinha com os outros. O dinheiro do seu trabalho era muitas vezes mais gasto com seu semelhante do que com ela mesma. Ao nos deixar, nos presentes dias, ajudava quatro famílias, dando-lhes constantemente o pão cotidiano.
         Em 1992, ela se candidatou a vereadora. Seu propósito eleita era trabalhar com as crianças pobres de nossa cidade. Queria construir uma creche para abrigá-las e educá-las, porém, não conseguiu uma vaga no legislativo. Sempre nos dizia, em sua crença, ter sido eleita, mas o nosso sistema político sujo roubara os seus votos.
         Digo-vos que essa cidade perdeu uma grande mulher, uma grande educadora, uma grande amiga. Ela amou essa cidade e sua gente, apesar de diversas vezes ser injustamente criticada, maltratada, incompreendida. Minha mãe perdeu uma grande amiga; sua maior amiga. Minha família perdeu àquela que foi sua mais sincera e leal companheira. Particularmente perdi uma grande amiga.
            Dia 12 de Abril, data de sua partida para Deus. Neste dia completaram dois meses que voltei de São Luis. Deste o ano passado ela estava novamente passando mais uma das suas temporadas lá em casa. Os dois meses então fizeram nossa amizade se aprofundar muito. Tornemos-nos confidentes, nos respeitando mutuamente.
         Dona Francisquinha foi minha professora alguns dias na primeira série do primário, supervisora de regência quando estagiei como professor em formação, no magistério. Ela também foi minha madrinha de formatura.
           O que contribuiu para nossa amizade eram nossos gostos comuns, desejos e comportamentos parecidos. Fomos os indivíduos mais criticados e taxados de loucos por muitos nesta cidade. Amávamos botânica. Trocávamos mudas de várias espécies de plantas; conversávamos sobre a fisiologia das mesmas, estudávamos as pétalas, as folhas e admirávamos o resplendor das flores, seus aromas e formosuras. Toda a natureza nos encantava: os animais, os rios, a chuva, o vento. Uma tarde singela e poética. Ela era uma das pouquíssimas pessoas na cidade no qual se podia manter uma conversa intelectual. Um dia me contou que quando jovem, decorou o nome de todos os ossos do esqueleto humano. Também discutíamos sobre literatura, línguas, biologia, geografia, história, poesia, política e música. Gostávamos dos clássicos: os concertos, as óperas, os cantos de corais, as músicas folclóricas e sacras. Ela tinha uma voz bonita, educada nos anos que cantara no coral da Igreja Católica de Chapadinha. Gostava quando cantava trechos de música em latim. Cantávamos juntos. O clássico “ Ave Maria”, do compósito Franz Schubert e o popular louvor  “ Cantai ao Senhor um Cântico Novo ”, em espanhol e português, eram os que mais gostávamos. Apesar de ser evangélico e ela católica, nossa amizade era ligada por Cristo, somente Nele.
           Oh, que dor! Que saudades sinto agora de nossa Francisquinha. Ela só me chamava de Neném devido ser eu o mais novo de casa.
          Ela foi uma mulher cristã, que dedicou sua vida a Deus; ao seu sobrinho Werdem, aos seus amigos e alunos. Nunca se casara. Quando criança perdera seu grande e primeiro amor. Ele partiu tão cedo para o outro mundo, lhe deixando marcas profundas. Rui, assim se chamava seu amado.
Praticou sua religião desde criança, e quando a morte montada a galope veio e levou minha amiga, como diz Carlos Drummond de Andrade, ela tinha acabado de ler a II leitura da liturgia do dia 11 de Abril de 1999, encontrada no livro de I Pedro, capitulo I, versículo 3 a 9, que diz:

          - “ Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, para uma herança incorruptível, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus. Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações. Desde modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira, mas preciosa que o outro perecível, que é provado no fogo, e alcançará louvores, honra e glória no dia da manifestação de Jesus Cristo. Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, Nele acrediteis. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação. Palavra do Senhor.

             Juntamente com o texto bíblico ela fazia os seguintes comentários:

         - “ Não devemos acreditar apenas no que vemos. Temos que ter fé em Deus. Na vida acontecem muitas coisas que nos deixam tristes, mas através da fé renovaremos nossas alegrias, sorriremos e cantaremos. As coisas de Deus são eternas, não tem fim. O sol feito por ele dura para sempre. As coisas do homem acabam-se aqui. A lâmpada feita pelo homem acaba aqui. Devemos agradecer todas as circunstâncias que veem para a gente. Não vamos agradecer apenas o que achamos bom, mas sim o que acharmos o que é ruim também.”

        Depois disso ela deixou o altar e foi para seu banco. Tentou sentar, mas foi atingida, um derrame.  Já vinha sentido sintomas de dormência e dores no corpo. O organismo avisando.
Amigos, sentiremos ainda muitas saudades de nossa querida Francisquinha. Contudo alegremo-nos com a esperança de que ela está com Deus. Ele disse para não me preocupar, pois ela esta consigo.
Minha sobrinha Thaís, de quatro anos, vendo mamãe chorar, lhe disse:

         - “ Não chore vovó. A Francisquinha tá no céu, cantando assim: amém, amém, amém. Sim, agora ela canta um cântico novo na presença do Senhor ”.


Duque, 18.4. 1999     
Proferido na missa de 7º dia
                                    

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

ONDA DE DESTRUIÇÃO DOS MORROS GARAPENSES EM DUQUE BACELAR

                 A onda de destruição aos Morros Garapenses urbanos em Duque Bacelar causada por moradores que se impõe a preservação destes ecossistemas e suas vegetação, é bastante triste e preocupante. Os morros e sua vegetação contribuem para a melhoria da qualidade de vida da população diminuindo o calor, evitando as erosões no centro da cidade, sendo belezas naturais e cênicas e fonte de lazer em suas  trilhas e de turismo contemplativo. 
          Essa onda de destruição é estimulada pela gestão municipal local que, inresponsavelmente,  está liberando a patrol do PAC para os maradores destruidores as encostas dos morros para fazerem casas. A gestão também encoraja os moradores derrubarem as árvores, queimarem e fazerem roças ilegais, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que é inoperante e fica calada diante dos crimes. 
            A ABAMA já denunciou alguns criminosos na delegacia local, esperando que esses  sejam punidos pelos crimes ambientais cometidos.


Destruição do Morro Garapa feita por Toinho do Clidenor



Destruição pelo Toinho do Clidenor


DESTRUIÇÃO causada por Toinho do Clidenor

Destruição causa por Manoel Palhares e Osana Leitão

Destruição feita pelo Manoel Palhares e Osana Leitão

DESTRUIÇÃO causa por Osana e Manoel Palhares


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

MARINEIROS DE DUQUE SAEM PELAS RUAS DA CIDADE POR MARINA SILVA


                    A cidade de Duque Bacelar viveu no final da tarde de hoje um movimento político novo, digamos quer uma expressão política eclética, diversificada, independente, uma terceira via eleitora no âmbito nacional, em nome da candidata Marina Silva, onde dezenas de jovens, ambientalista, políticos e cristãos católicos e evangélicos saíram pelas principais avenidas e ruas da cidade em motos, carros e bicicletas pedindo votos para a candidata do PSD.

                    Desde ontem que é anunciado em veículos de som à passeada, divulgada também em redes sociais, convocando a população. Assim, por volta das 2h da tarde, os organizadores Carlos Anselmo e Francisco Carlos Machado, se encontraram na Praça Vicente Vilar, lugar da concentração, e passaram adesiva motos e pessoas, onde soltaram foguetes e faziam pequenos discurso no megafone. Aos poucos os marineiros começaram a chegar, aumentando a animação, fazendo bandeiraço na praça e panfletagem.

                    Por volta das cinco da tarde, seguindo um carro de som, que tocava musicas da candidata, dezenas de motos e carros, deram largada pela Rua Chico Rita, Avenida Coronel Rosalino e Vargem Redonda, fazendo um alegre puzinaço, pedindo voto para Marina Silva. A população da cidade em frente suas casas acenavam para os marineiros alegremente, o que deu de percebem o bom numero de eleitores de Marina.
Marineiros, na concentração
                    Em cima do carro de som, o ambientalista Francisco Carlos fazia discursos e animava os marineiros. Ele dizia que Marina Silva é a única candidata que pode levar o desenvolvimento sustentável do Brasil, pelo seu histórico de vida, competência e caráter.
Quando a passeada percorria o lado esquerdo da Vargem Redonda a professora Conceição Linhares fez um bonito discurso afirmando que o Brasil está cheio de problemas, onde a violência e a corrupção tem se alastrado de maneira assombrosa, mas só a mulher magrinha, mas de firmeza e dignidade íntegra, que é Marina Silva poderá mudar está situação. Outro que discurso, quando a passeata parou na Rua São José, entre os três bares foi Neto Bispo, ele contou a experiência de ter conhecido Marina Silva em Maio de 2008, testemunhando para a população sua competência e humildade. Em seguida o jovem Junior, discurso para o povo, defendendo a necessidade de Marina ser eleita presidente.
                    Assim, a passeata continuou pela Rua São José e Beira Rio, Zuza Machado, São Judas Tadeu e Chico Rita, onde Carlos Anselmo, com bastante entusiasmo defendeu Marina e sua eleição, dizendo que o “PT no poder nos envergonha. Um partido que perdeu sua identidade e decência, e hoje é afundado em corrupção e escândalos nacionais”.
                   A carreata continuou a Chico Rita, voltando do no posto Isa, onde terminou na Praça Vicente Vilar com os agradecimentos do ambientalista Francisco Carlos que disse todos estavam de parabéns em terem coragem de fortalecerem a democracia em nossa cidade com a passeata, sendo cidadãos que expressão seu desejo de mudança localmente, de maneira independente e livre, motivado pelo melhor para o Brasil. Ele pediu para todos conseguirem mais votos para Marina, levando ela pro segundo turno, onde deveriam mais se esforçar para elegerem Marina Silva.   

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