O histórico da vida
familiar de alguns dos meus vizinhos tem
uma peculiaridade única entre os moradores da cidade de Duque Bacelar. Eles são
remanescentes de um quilombo centenário, que ficava no centro do município,
hoje despovoado, chamado calumbim. Quando moraram neste quilombo viviam em um
núcleo familiar bastante unido, e assim continuaram ao vir morar na cidade, no final
da década de 70, onde fundaram uma rua, Carolina Teixeira, que homenageia uma das
matriarcas da família.
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Forno de barro para assar os bolos |
No dia do fazer os bolos da semana santa, em
alusão aos bolos sem fermento da páscoa dos judeus, as lideres femininas da
família Teixeira, Dona Conceição das Dores, Fátima, Baica, Lucia, Benedita e Alvina,
conseguiram na mata lenha de unha de gato, os queimaram nos fornos de barro,
assando dezenas de bolos de coma, fubá, milho e de caroço, além de bolos mais
modernos, de morango e chocolate, no qual foram degustado alguns ainda na noite de quarta com café
quente, e na manhã desta quinta feira
santa.
Como reza a tradição de compartilhar os produtos
da roça e bolos da quinta feira, eu que me orgulho de ser um vizinho presente,
ganhei diversos pedaços, e meu desjejum dessa manhã santa não só foi farto de
gostosos bolos, de tradicional cultura, mas acima de tudo, de afetividade amistosa.
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Dona Conceição preparando os bolos |
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Com o forno no fogo |
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Com bolos prontos e demais vizinhos: |
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Fátima, e seus bolos de coma |
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Lúcia, e bolos de chocolate, caroço e milho |
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Baíca e a criançada, felizes pelos bolos |
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