Nesta manhã (2/4), Francisco Carlos Machado, coordenador de Educação
e Cultura Ambiental da ABAMA, vindo de Brasília para Teresina, onde desembarcou
na madrugada, foi ao Parque de Árvores Fossilizadas da cidade, no intuito de pesquisar
o ambiente e a organização desse parque, colhendo ideias para futuramente serem
aplicadas no parque ou museu das árvores fossilizadas da APA dos Morros
Garapenses, um sonho dos ambientalistas da região, detentora de um dos maiores
afloramentos de fosseis vegetais do Brasil.
Sonho que está mais
próximo de ser realizado, pois a ABAMA nos últimas semanas tem mantido um
proveitoso diálogo com o Centro de História Natural e Arqueologia do Maranhão, onde
articulam a elaboração e captação de recursos em conjuntos, para implantarem um
Museu de história natural da região, como começar um processo de tombamento dos
sítios de Duque Bacelar junto ao Ministério da Cultura.
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Jardim com troncos fossilizados |
O paleontólogo Manoel Alfredo, da Universidade
Federal do Maranhão, diz que os afloramentos fosselíferos de Teresina são a
continuação dos da APA dos Morros Garapenses, sobreviventes de uma catástrofe
causada por uma queda de meteoritos aproximadamente 250 milhões de anos,
datando o período do permiano. As árvores petrificadas de Teresina como
da APA dos Morros Garapenses faziam parte de uma grande floresta de samambaias
e pinheiros gigantes, mais antigos que os dinossauros. Os dois afloramentos estão localizados na Bacia sedimentar do Parnaíba, cuja formação é caracterizada pela presença de sílex e oólitos, identificada como da era Pedra de Fogo.
Embora não entre em polêmica
com Manoel Alfredo e Agostinha Pereira, colaboradores da ABAMA para preservação
dos fosseis da APA, Francisco Carlos que é criacionista, juntamente com os
ambientalistas da Associação Bacelarense de Proteção ao Meio Ambiente, acredita que essa floresta petrificada é mais jovem,
de cinco mil a dez mil anos, segundo a teoria da terra mais jovem, no qual são originados e
são testemunhas oculares do dilúvio de Noé.
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Neste ajuntamento, seis troncos petrificados |
As
árvores fossilizadas de Teresina estão localizadas defronte ao Teresina Shopping,
as margens do Rio Poti, na Avenida Raul Lopes. Elas se destacam como o único sítio paleontológico do
Brasil localizado dentro de uma capital, descobertas em
1909 pelo geólogo Miguel Arrojado Lisboa. Os diversos estudos anos
depois, mostrando vários troncos em posição de vida, ou seja, quando ocorreu o
processo de fossilização elas estavam de pé, ficando no lugar exato em que
nasceram e viveram. Em 1993 a prefeitura de Teresina criou o Parque Municipal, sendo tombados pelo Ministério de Cultura em 2010.
Francisco Carlos, disse
que embora as trilhas as margens do rio Poti estão bem conservadas, com
diversas espécies de árvores como pau d’águas, angicos e ipês, a falta de sinalização
e placas de informação sobre os troncos fossilizados pode deixar os leigos sem
compreenderam a grande importância dos troncos petrificados. O espaço onde seis
enormes troncos estão depositados, circundados num jardim de mandacaru, deveria
ser mais cuidado, tendo pelo menos
bancos para se sentar. Um desses troncos está pinchado com um símbolo satânico.
Em suas observações Francisco encontrou dois troncos
as margens do rio, que devido à enchente estavam inundados,
envoltos em capim. Mas é muito bonito de vê-los, diz Francisco, ao “ som das
corredeiras do Poti defronte, encantando mais ainda esses fosseis raros, dignos de todo cuidados ”.
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Principal portão do Parque |
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Tronco Petrificado |
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Troncos as margens do Rio Poti |
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Tronco a margem do Poti, em posição de vida |
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Outro tronco de árvore petrificada |
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